Comunidade Santa Luzia
De onde veio o nome do município: houve muitas mudanças antes que sede do município ficasse definitivamente em Chapecó, começou em Marechal Borman mudou-se para Xanxerê e depois Chapecó.
Havia gente morando aqui; Sim, tinha muitos caboclos também descendentes de índios que faziam e usavam este caminho, antes conhecido como Passo dos índios, para se deslocarem de um estado para outro.
Vieram de outros estados até mesmo de outros países vizinhos, a maioria foi oriunda do estado do Rio Grande do Sul, principalmente de origem italiana e alemães, que desbravaram esta região do grande oeste catarinense.
As religiões predominavam os católicos e luteranos.
Havia na época muita rotatividade de pessoas e famílias buscavam lugares melhores para se instalar.
A maioria eram pessoas pobres que vieram do Paraná. Tiveram muita dificuldade para sobreviver, não tinham médicos, por isso muitos morreram pela dificuldade de serem atendidos pelos médicos que residiam em cidades maiores e distantes pois os doentes eram atendidos por benzedeiras, parteiras, remédios caseiros de ervas do mato.
Permanece muitas culturas ainda hoje, a mais antiga é a cultura indígena com suas reservas, onde muitos ainda vivem até hoje, mas com a vinda de vendedores de terras venderam as terras aos índios, criando uma grande polêmica, até hoje gerando o conflito entre índios e colonos. Pela terra, briga esta entre povos que nada tem a ver, porque os vendedores de terra vendiam a terra da reserva para os colonos. Também prevalece a cultura gaúcha, italiana, alemã e outras.
Houve opção pelos pobres: Não, porque não havia organização do povo, o pobre sobrevivia com dificuldades, não tinha lideres para organizar, até mesmo os líderes religiosos da época eram mais ligados até com os grandes da época.
De onde veio o nome da comunidade: Vendo a primeira ata anexa, destaca o nome de núcleo mensageiro da fé, para formar uma comunidade. Mas para isso precisa ter um nome. Foi então que num desencontro na casa do senhor Huno Benetti onde foi sugerido pelas pessoas que aparecem na ata e mais pessoas cada um deu sua sugestão com nomes como, Santa Catarina, Santa Luzia, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhor da Saúde. Assim foi feita uma votação secreta, a mais votada foi Santa Luzia, protetora dos olhos.
Os pioneiros, já citados foram caboclos, gaúchos, que eram a maioria italianos e alemães.
Das empresas citamos algumas como Luci Rosa, Empresa Bertaso, além de vender doavam muitas terras para parceiros ligados as suas famílias sem custo algum. As pessoas viviam da agricultura, exploração de madeira. etc.
O casamento era mais sério com responsabilidade, seguindo tradições e costumes. O grande incentivador religioso para nossa comunidade foi sem dúvida o nosso pastor e grande amigo Padre Adair Mano Tedesco.
Fatos importantes: Com a organização e com a evangelização o povo começou a entender que era preciso lutar e buscar os seus direitos, assim foi conseguido a escola, linha transporte urbano.
Padres que atenderam a comunidade: Adair Mario Tedesco, Alcido Kunzler, Cleto, Vanderlei, Cilton José Roseniback, Marlo e Domingos.
Pastorais existentes: conselho de pastoral, liturgia, dizimo, criança, juventude, catequese, batismo, enfermos, casamento ou ministros atuantes.
Com outras religiões não há divergências.
Fatos: fazíamos jantas na residência do senhor Mario Hofe e Catarina, sempre com a presença do Padre Tedesco que gostava de tocar violão e cantar juntamente com seu Mano e seus filhos Milton e Luiz Carlos. Tedesco trazia vinho e as famílias traziam as galinhas e o brodo acontecia depois de muita cantoria, comilança e vinho. O padre Tedesco tomou além da conta e ao sair com o seu carro para voltar para a paróquia caiu num buraco e quase tombou o carro, imaginem o sofrimento dos amigos para tirar o carro do local.
Valeu, tudo era alegria.