Comunidade Caravagio

CARAVAGIO

     

        Como não conheciam Santa Catarina o Sr. Antônio Sachett e o filho mais velho. veio se certificar e conhecer as tais áreas, chegando e, Chapecó na época era Passo dos índios foi procurar a tal corretora, onde vieram mostrar as áreas neste local. O Sr. Antônio gostava das terras que era mata fechada e muita madeira de lei fez o negócio comprando as áreas para ele e para seus irmãos permanecendo por alguns dias aqui construiu uma cozinha com as madeiras lascadas do local.

        Voltando para o Rio Grande do Sul contou as novidades para a família decidiu imigrar para Santa Catarina em busca de novos horizontes. Em maio de 1930 o Sr. Antônio e sua esposa Ancila e três filhos colocaram sua mudança na carroça e puseram na estrada. Levaram oito dias de viagem, chegaram aos 26 de maio de 1930. Passaram por muitas dificuldades, pois era só mata fechada, quase não havia estradas e não sabiam se havia alguém morando por perto ou não. Após alguns dias descobriram que havia duas famílias morando próximas, José Meneghini e João Fuccina, que pertenciam a Passo dos Índios. No ano de 1931, o Sr. Vitório Sachett irmão de seu Antônio veio morar com eles.

        As dificuldades eram grandes, mas com muita fé e coragem enfrentaram as barreiras.

        Em 1937 dona Rosa Sachett mãe de Antônio e Vitório vieram com os filhos, genros, deixaram sua terra natal no Rio Grande do Sul migrando para Santa Catarina. Vieram morar nesta localidade, pois as terras já haviam sido compradas. Nesta mesma época chegou a família do Sr. Mighel Garbim casado com Dona Rosina Piaia Garbim, também do município de Guaporé. As famílias se encontraram e sentiram muita falta dos encontros nos domingos para rezar, havia um padre chamado Evaldo que vinha de Palmas do Paraná, que de três em três meses saia de Palmas à cavalo e passava pela localidade. Ele pernoitava na casa de Antônio e ao amanhecer fazia suas orações, comungava a família e seguia em frente.

        O espírito de comunidade crescia nas famílias, decidiram criar a comunidade elegendo sua primeira "diretoria". As famílias foram às seguintes: Antônio a Ancila Sachett, Miguel e Rosina Garbim, Paulo e Fiorina Sachett, Avelino e Jenoefa Pitt, Vitório e Emília Sachett. Albino e Ana Lopes da Silva. Pedro e Maria Sachett, Henrique e Tranquila Bonafé, Pedro e Odila Sachett, Francisco e Pierina Nodari.

        A catequese nos domingos para as crinaças era na casa de Rosa. O primeiro catequista foi Angelo Sachett. O terço com as famílias eram rezados em latim, também na casa de seu Antônio. A aula para os filhos das famílias era realizada nas casas, a primeira professora foi Odila Sassi Sachett esposa de Pedro Sachett.

        A partir da eleição da 'diretoria", passaram a discutir a necessidade de uma capela para os encontros. As discussões eram para ver o nome da comunidade. O padroeiro e o local da construção da Igreja. Definiram o nome da comunidade de Linha Sachett. Padroeiro como havia urna grande devoção decidiram por Nossa Senhora do Caravággio e o local o casal Antônio e Ancila doaram o terreno, por estar mais centralizado para a construção na capela. Tendo já o local começaram então a construção pelos próprios